quinta-feira, 16 de junho de 2011

Carta de um missionário arrependido

Segue abaixo o e-mail que recebi essa semana de um missionário e amigo meu, Wesley Tenório, que está pela 2ª vez em missão no Haiti. Pedi a ele permissão para compartilhar o texto porque ele aprendeu recentemente um princípio que muitos precisamos aprender tb, inclusive eu.

Meu pedido de perdão ao Haiti
Tenho enviado e-mails, mas em sua maioria tenho falado de coisas ruins daqui. Poderia dizer que estou mal, com saudades da família, hoje então tive febre e diarréia, mas nada disso seria verdade.
Um outro missionário ao ler meu e-mail, me chamou e com todo amor me abriu os olhos, ensinando o fato de que algumas coisas que vemos aqui devem ficar aqui, não por conformismo, mas porque se estamos aqui não é para julgarmos este povo, mas para contribuir com sua mudança e edificação em Cristo Jesus. Me abriu os olhos para ver que por trás de alguns erros ou pecados existe um povo lutando não para viver, mas para sobreviver.
Abriu meus olhos para ver, como vi no caminho para a lan house, um culto sendo realizado a luz de velas.É chorando que quero pedir perdão por não olhar a beleza da fé deste povo.
Quero que cada um de vocês me perdoe, pois eu poderia enriquecer a fé de cada um com lindos testemunhos que eu e a equipe temos vivido a cada dia, mas preferi gastar meu tempo enviando somente informações ruins.
Eu quero de verdade pedir perdão, sem colocar a culpa nas ruins condições que estamos vivendo. Eu pequei pois coloquei meus olhos nos erros e coisas passageiras e deixei de olhar p/ coisas eternas que Deus está fazendo aqui no Haiti.
Me perdoem em nome de Jesus Cristo. Estou arrependido.
Não sou um super crente, sou humano e erro. E tem dias que erro feio.
Estejam orando por nossos dias aqui, sei que Deus tem muito por fazer em nossas vidas aqui, e quando Deus se move em nós ai sim podemos ser bênção na vida do outro e na vida do povo haitiano.
Se estou envergonhado ? Não, estou ARREPENDIDO. E arrependimento é algo que me leva a mudar e ser melhor.Deus os abençoe ricamente em graça.
Wesley Rocha Tenório
http://www.resgateradicalmissao.blogspot.com/


Não é tão difícil ver Deus no nosso dia-a-dia.
Às vezes basta abrir os olhos!

domingo, 3 de abril de 2011

Jesus e Eu... Por Toda a Vida


Conheci vários Jesus ao longo da vida (que ainda nem é tão longa assim). Quando bebê, dormi no famoso “berço evangélico”, onde conheci meu primeiro Jesus: um amigo muito bonito, do qual eu era uma florzinha. Alguns anos depois, descobri que esse amigo ficava “muito triste” quando eu fazia “coisa feias”, como desobedecer, mentir ou bater nos coleguinhas da escola.

Aos 13 anos, conheci um Jesus que levou meu pai e melhor amigo para sempre. Por fim me veio um Jesus que em nada se assemelhava aos primeiros. Severo e repressor, só sabia dizer “não pode”.

“Não faça isso.”
“Não pense nisso.”
“Você vai pro inferno.”

Mesmo assim confesso que foi uma adolescência silenciosa e triste, sem nenhuma diversão. Típico, né? Talvez você esteja se identificando... Quando já achava que não poderia piorar, conheci um Jesus completamente diferente. Esse agora falava demais! Eram horas de “conversa” por dia, manifestações sobrenaturais esquisitíssimas nos finais de semana e até ficha de relacionamento com ele para prestar contas à liderança da igreja. Até que durou um tempinho: o quanto se pode agüentar de manipulação e religiosidade vazia. E eu achava que esse Jesus sim, falava comigo. Estava enganada.

As coisas começaram a mudar pra mim quando minha mãe foi diagnosticada com uma doença degenerativa. A essa altura, minhas atividades eclesiásticas ocupavam cerca de 50% da minha agenda, competindo ainda com trabalho e faculdade. Eu liderava ministérios e “discipulava” pessoas. Em um único dia, abandonei tudo. Passei alguns dias preocupada com o que diria o Jesus da vez, tipo que não perdoaria alguém que “abandona o arado”. Mas... (que estranho!) ele se calou quando saí da igreja.

Qual não foi minha surpresa ao me deparar com um novo Jesus. Esse sim me surpreendeu. E é difícil falar dele. Parece que faltam palavras que o definam. Ele é inflexível nas suas leis, como o Jesus da minha adolescência, mas não é agressivo. Tem uma autoridade diferente no olhar, que ao mesmo tempo intimida e consola. Não me dá medo, mas segurança.

Ele entende o que sinto. Perdoa quando faço “coisas feias”. Isso me comove e muitas vezes, como agora, me faz chorar. Nunca sei se é de tristeza ou de alegria, sei apenas que, quando o choro acaba, a dor passou e já me sinto melhor. Sei que com ele está tudo bem.

Ele não fala comigo todos os dias, mesmo assim não consigo esquecê-lo momento algum. Parece que agora tudo em mim aponta pra ele. Se eu tivesse um pouco do talento literário de C. S. Lewis, esse texto teria ficado bem melhor. Meu Jesus é tão parecido com o Aslam de Lewis...

Esse texto foi originalmente publicado

quarta-feira, 23 de março de 2011

Eu podcaster!

O ArenaCast é sonho que surgiu após meu despertar para o universo dos podcasts, sob a influência dos irmaos.com e do Nerdcast, entre outros.

Encantada com o formato e com as possibilidades do alcance dessa ferramenta, procurei a "diretoria" do Arena de Cristo e falei: precisamos fazer isso também!!!

Assim nasceu o ArenaCast, e após um penoso mês de edição, finalmente foi publicado, no último dia 20/03, no link: http://arenadecristopodcast.blogspot.com/.

Estou muito feliz com esse projeto, embora sentindo-me demasiadamente incapaz de continuá-lo.

Como boa brasileira, eu não desisto nunca! E ainda conto com a excelente companhia da Luiza Reia, do Nando Mendonça, do Leo Fazolla e do Adriel Ribeiro, amigos do coração e agora também coleguinhas de podcast.

Ouçam nosso primeiro programa, amigos. Riam muito das pérolas no final da edição, comentem lá no blog do podcast e sugiram temas pra gente!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Os Cinco Estágios do Luto


Primeiro, neguei que Dilma tivesse realmente sido eleita. Não queria acreditar.

Depois, odiei o acontecido:
– "Isso não é justo!"

Em seguida racionalizei numa espécie de negociação:
– "Bom, já que é assim, ela terá que cumprir seu papel. Se fizer algo de bom para o país, não faria mais que a obrigação."

Recentemente, essa condição me levou à depressão. Fiquei triste e apática.

Hoje, dia 1º de janeiro de 2011, cheguei no 5º estágio: aceitação. Daqui a alguns minutos Dilma será empossada.

Próximo passo: morte.

(Baseado no modelo de Kübler-Ross)